sábado, 11 de março de 2017

Conexão POA-CWB

Quase minha segunda casa, Porto Alegre sempre tem algo incrível para se fazer e nós sempre planejamos conhecer alguma coisa nova por lá. Dessa vez consegui passar um tempo a mais e deu pra fazer alguns dos passeios que estavam na lista! O tempo ajudou muito, estava super ensolarado e fomos olhar a cidade pelo ângulo de ciclistas ♥ 

 
#partiu | Melhor coisa que as companhias aéreas fizeram por mim: café a bordo

Travessa dos Venezianos
Desde que o Olie me falou desse lugar, eu estava louca para ir... Na verdade já chegamos a passar lá umas 3 vezes, mas nunca dava para tirar fotos e dessa vez deu!!
A Travessa fica perpendicular a R. Joaquim Nabuco -que tem meu bar preferido, o Boteco do Joaquim- na Cidade Baixa, é uma pequena rua com 17 casinhas do início do século XX, hoje tombadas, que refletem a arquitetura popular da época, casas de pé direito alto, platibandas (elemento que esconde o telhado) com portas e janelas voltadas para a rua, habitada originalmente por jornaleiros, carvoeiros e outros profissionais 'menos prestigiados'. Apareceu no mapa só em 1935.
Hoje a Travessa, apesar de estar tombada, está muito mau cuidada, não tem iluminação pública, as casas parecem estar meio abandonadas -e de fato estão, porque apenas 5 são habitadas-, o calçamento original de 1926 foi destruído por conta da passagem de carros, sem contar os prejuízos do vandalismo. 




Apesar de lembrar a famosa ilha de veneza, Burano (que eu já mostrei aqui e  aqui), o nome da ruela se dá ao fato de que quando chovia muito, a rua ficava alagada, lembrando o canal de Veneza. Outra hipótese é para ser uma homenagem a uma associação de carnaval, a Sociedade dos Venezianos.
As cores atuais não refletem as originais, foram parte do projeto Tudo de Cor para Porto Alegre, e foram escolhidas pela Equipe do Patrimônio Histórico e Cultural pela incidência solar: as casas do sul, onde não bate sol, tem cores mais quentes e as no norte, cores mais frias. Os tons puderam ser escolhidos pelos próprios moradores.




A Travessa é um ótimo lugar para voltar no tempo e tentar imaginar como era a vida das pessoas menos abastadas e em quais condições viviam, aqui também era conhecido como a região de refúgio dos escravos. A massa das grandes cidades acaba por apagar vestígios da sua história, não apenas fisicamente com demolições, mas também ao não dar atenção e cuidados devidos a esses espaços tão singulares e tão carregados de significado. 
Hoje não só moradores são proprietários das casas, tem também uma Pizzaria que dizem ser a melhor da cidade (a casa laranjada da esquerda, sem nenhuma placa), a Associação Riograndense de Artes Plásticas (casa lilás, também à esquerda), o Centro Africano São Miguel Arcanjo (casa verde claro à direita), além de um Pub e Hamburgueria na esquina com a R. Joaquim Nabuco.



Ciao Pizzeria Napoletana 
Essa é novidade na cidade desde o final do ano passado, inaugurada na R. Anita Garibaldi, 694. É uma pizzeria veramente italiana (leia com sotaque) com farinha tipo 0 importadíssima de Napoles, produtos frescos e apenas 8 sabores típicos. É bem pequeno e tem um espaço externo super gostoso para comer, lá dentro tem livros sobre pizza e dá pra ver todo o preparo, do início ao fim, além da decoração bacana.




A pizza é em tamanho individual e o ambiente descontraído te induz a comer com a mão mesmo, tem birra Moretti e outras, não cobram rolha para o vinho, o preço é justíssimo mas eles trabalham com limite de pizzas por dias, então dependendo do horário que chegar estará com um "Finito" grande na porta, chegue cedo! Informações: Ciao.


A rua mais bonita do mundo
A Gonçalo de Carvalho foi eleita a mais bonita do mundo pelos seus 500m de Tipuanas enfileiradas formando um túnel verde. Essas árvores estão ali desde 1930 e ficou famosa em 2008 depois que um biólogo português apelidou de "A rua mais bonita do mundo".
Eu nunca consegui tirar as fotos que tem aqui, mas é linda com certeza, se bem que eu acho toda rua arborizada de Porto Alegre -que não são poucas- lindas demais. A rua não é para pedestres, é muito movimentada e os carros passam rápido demais, tome cuidado. 


Olie | Tetânico, em homenagem à querida italiana Tetânica

Parque da Redenção
É local tão antigo quanto a cidade, testemunhou o crescimento urbano, movimentos diversos, passou por vários nomes diferentes e hoje é um dos pontos turísticos mais conhecidos de POA. 
Em 1807, quando foi doado à cidade, era destinado as práticas de comércio de gado da região. Em 1826 quase foi loteado e vendido para construção de residências, mas foi salvo por D. Pedro I por ser destinado a práticas militares da época. Em 1884 foi cenário do movimento de libertação dos escravos, passando a ser chamado de Campo da Redenção, nome que permanece na memória até hoje, mesmo com o nome oficial já ter sido modificado. 
Ao longo da sua história passou por várias intervenções paisagísticas e abrigou diversos equipamentos urbanos de diferentes atividades, até chegar no desenho de hoje, com um eixo central formando um longo passeio ajardinado, com um grande lago. Esse desenho foi feito em 1930 para comemorar o Centenário da Revolução Farroupilha, daí o nome atual. Os prédios que faziam parte dessa exposição do centenário foram demolidos em 1939, com exceção do Pavilhão do Pará que pegou fogo em 1970.
É um local muito querido pelos cidadãos e nos finais de semana enche com o Brique da Redenção, uma feirinha de artesanatos a afins, moradores para tomar chimarrão, crianças, feiras de doação de animais, etc.
Dica de ouro: vão tomar um suco natural na Lancheria do Parque, que é servido direto no liquidificador e é super barato, fica na R. Oswaldo Aranha, 1086.



Mais Porto Alegre:

Colégio Militar



Igreja Nossa Senhora das Dores

Guaíba

Cais do Porto

E a cidade se despediu assim de mim:







Nada mau, hein?
Um beijo!

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